Visite Nossa Loja

Planejamento do pasto melitófilo como estratégias de manejo para produção de meliprodutos

INTRODUÇÃO

De acordo com Fontaine et al., (2006) A urbanização traz profundas mudanças na paisagem natural devido as ações dirigidas pelo homem. As perturbações antrópicadas nas paisagens dos centros urbanos afetam de maneira negativa as comunidades de plantas e animais, incluindo os processos ecológicos existentes como por exemplo da polinização (KAREIVA et al., 2007).

Conforme Aronson et al., (2011) Conhecer os ecossistemas urbanos pelos estudos são fundamentais para apontar os efeitos de seu crescimento sobre a biodiversidade e por isso a necessidade de preservar e monitorar
a biodiversidade nas cidades. Assim, afirma Metzger que as praças e outras áreas verdes podem servir como pontos de parada, que são pequenas áreas de habitat que podem facilitar o fluxo para algumas espécies.

Figura 01: estimativa do raio de forragemaneto da Abelha Jandaíra (Melipona subnitida) em 500 m num meliponário urbano por meio do programa https://www.calcmaps.com/pt/map-radius/

O obejtivo desse trabalho é mostrar por intermédio de ferramentas tecnológica uma estimativa do pasto melitófito por meio de um iventário das árvores plantadas nas ruas.

PERCURSO METODOLÓGICO:

Foram utilizados os seguintes programas: Google Earth Pro, Sreet View e Calc Maps, todos de propridade do “google”.

O raio de 500 m foi calculado pelo “calc Maps” e a identificação do extrato arbóreo- arbustiva com ajuda do “Street View e do Google Earth Pro.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram identificadas 32 espécies de árvores e arbustos no  no raio estimado de 500 m, o que corresponderam a 11 ruas, totalizando 1.002 exemplares.

A árvore Azadirachta indica  teve a maior frequencia no inventário (41,3%). A carnaubeira foi a segunda mais frequente.

Não foi possível inventariar os quintais com a metodologia aplicada, sendo necessário para isso um “drone com camera full hd acoplado”

Foram encontrados 14 sítios possíveis para foragemamento de plantas herbáceas que correspondem a 3,4 ha, conforme imagem abaixo.

Áream em rosa demonstra possíveis sítios de forrageamento com pastos herbáceos.

Foi possível contruir um calendário de floradas que pode ser adaptado ao longo do ano, uma vez que tal metodologia depende de condições inerente a pluviosidade, sendo assim, a adaptação pode ser feito por meio de visitas mensais em alguns pontos de coletas para a verificação das floras.

Demonstramos uma preocupação com a grande quantidade de “Neem”, Azadirachta indica na zona urbana uma vez que suprime a oportunidade de ter uma árvore nativa que pode ajudar as abelhas como alimentação e abrigo.

Esta árvore tem um crescimento precoce e por isso é uma das preferidas pela população, no entanto a uniformização dos bosques urbanos traz desequilíbrio nutricional para a população de polinizadores, dentre eles as abelhas nativas sem ferrão.

Há uma necessidade de sensibilizar a população da importância que a diversidade vegetal tem para com os polinizadores como as abelhas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É muito importante o empenho do erário público e da sociedade para discutur e colocar em prática um plano de manejo que englobe na maioria das vezes o uso de espécies nativas adequadas e que sirvam como fonte de recurso para uma diversidade de espécies de abelhas e demais polinizadores, em especial no município de Mossoró, uma vez que esta cidade conglomera um gande números de criadores de abelhas nativas na zona urbana e preservam mais de 1.000 colônias.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:

FONTAINE, C.; DAJOZ, I.; MERIGUET, J.; LOREAU, M. Functional diversity of plantpollinator interaction webs enhances the persistence of plant communities. Plos Biology 4,
129-135, 2006.

KAREIVA, P.; WATTS, S.; MCDONALD, R. & BOUCHER, T. Domesticated nature:
shaping landscapes and ecosystems for human welfare. Science, 316, 1866–1869, 2007.

Maia-Silva, C.; Silva, C.I.; Hrncir, M.; Queiroz ,R.T.; Imperatriz-Fonseca, V. L. Guia de plantas : visitadas por abelhas na

PARENTE, R.;G.; COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA DA ILHA DO MASSANGANO EM PETROLINA-PE COM POTENCIAL PARA CRIAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO, Monografia, BACHARELADO EM AGRONOMIA, IFPE/ PETROLINA,54p.Caatinga.1ª Ed. Fortaleza, CE.2012, Editora Fundação Brasil Cidadão.

RONSON, M.; KATTI, M.; WARREN, P.; NILON, C. Comparative ecology of cities: What makes an urban biota ¨urban¨? Disponível em: . Acesso em: 02 Jan. de 2022.

SANTOS, J.;M.;A.; VISIANTES FLORAIS E POLINIZAÇÃO DE TECOMA STANS (BIGNONIÁCEA): EFEITO DA PILHAGEM DE NÉCTAR NA EFICÁCIA REPRODUTIVA , DISSERTAÇÃO, ZOOLOGIA, UFPB/ JOÃO PESSOA, 2016,48p

Silva, R. A. da; Evangelista-Rodrigues, A.; Aquino, I. de S.; Felix, L. P.; Mata, M. F.; Peronico, A. S. CARACTERIZAÇÃO DA FLORA APÍCOLA DO SEMI-ÁRIDO DA PARAÍBA Archivos de Zootecnia, vol. 57, núm. 220, 2008, pp. 427-438 Universidad de Córdoba Córdoba, España.

Sousa, R. O. ; Silva, C. M. G.; Lima, F. J. A.; Mendes, A. D.B.V. ASPECTOS FLORAIS E REPRODUTIVOS DA CARNAUBEIRA (ARECACEAE) EM ÁREAS DO LITORAL DO PIAUÍ. Enciclopédia Biosfera,30/12/2020.

Sousa, J. H. ;Pigozzo, C. M.; Viana, B.F.; POLINIZAÇÃO DE MANGA (Mangifera indica L. – ANACARDIACEAE) VARIEDADE TOMMY ATKINS, NO VALE DO SÃO FRANCISCO, BAHIA.Oecologia Australis 14(1): 165-173, Março 2010

TABATINGA FILHO, J.;M.; FENOLOGIA,BIOLOGIA REPRODUTIVA E ECOLOGIA DA POLINIZAÇÃO (Calotropis procera), DISSERTAÇÃO, BIOLOGIA VEGETAL, UFEPE/ RECIFE, 2008,66p